Em reunião com a Reitoria da UFG, realizada na terça-feira, dia 16/8/2011, foram discutidos alguns pontos que são, no contexto atual da greve, nevrálgicos para o movimento e para os trabalhadores.
Estiveram presentes o vice-reitor Eriberto Beviláqua Marin, o pró-reitor de Desenvolvimento Institucional e Recursos Humanos Jeblin Abraão e o chefe de gabinete da Reitoria Júlio Prates. A parte do Sint-IFESgo foi representada por um grupo maior: os Advogados Flaviane e Alexandre (da Assessoria Jurídica); João Pires, Daniel e Élson (representando a Coordenação do sindicato). Catarino, Rodolfo, Geórgia, Márcio e Ivonaldo representaram o Comando Local de Greve.
Da parte Sint-ifesgo inicia solicitando informações da ausência do Prof. Edward. Na sequência expõe e reforça a interpretação de que o percentual (50%) definido na liminar judicial é atribuído por município de atuação, conforme aprovado pelo Comando Local de Greve e pela Assembleia Geral da Greve. Ou seja, para efeito, considera-se localidade de atuação enquanto o recorte municipal. Neste sentido, em Goiânia, já se cumpre com o percentual estipulado, dado que várias unidades funcionam com percentual maior que o exigido, por orientação do Comando Local de Greve, a exemplo do Hospital das Clínicas (HC), do Hospital Veterinário (HV), da Rádio Universitária, da TV UFG, sem contar com o Departamento de Pessoal e outros setores da Reitoria, além de outros serviços prestados por Unidades Acadêmicas e Órgãos. Estes já atendem às demandas e necessidades da Universidade, embora não se desconsidere o desconforto causado pelo funcionamento limitado. Exemplo citado foi o HC, que hoje tem mais de 1.000 servidores técnico-administrativos em atividade do total de 2.387 que compõem o quadro funcional da UFG.
Avaliou-se, ainda, que o Comando Local de Greve diariamente delibera sobre diversos pedidos com bastante empenho, para que não cause prejuízos irrecuperáveis à comunidade universitária da UFG, isto é, docentes, técnicos e discentes.
Salientou-se e pediu-se razoabilidade quanto à freqüência, considerando-se a greve enquanto um instrumento legítimo e legal de luta do trabalhador. Assim, a solicitação é que, diante do atendimento da peça legal, que a UFG informe a frequência de forma genérica, visto que a forma individualizada traria prejuízos pontuais e desgastes nos ambientes de trabalho. Entende-se que pedido de freqüência seria apenas no sentido de saber se a categoria cumpriu ou não a sentença e não de pedir detalhamentos.
Por seu lado, a Reitoria reafirmou reconhecer a legitimidade do movimento e frisou não ter partido dela o acionamento da AGU. Alegou inclusive que os reitores ficaram sabendo do fato pelas telemídias - durante reunião de reitores e vice-reitores - e que estes ficaram indignados com a ação solapadora à autonomia universitária. Júlio Prates afirmou até mesmo desconhecer alguma afirmação da parte de alguma universidade sobre ter partido dela o acionamento da AGU.
A Reitoria informou seu entendimento de que “localidade de atuação” são os locais de lotação, mas que “cada parte dá a interpretação que convém” e que respeita a autonomia do movimento. Pediu que se mantivesse o mínimo de atendimento, embora a decisão seja do sindicato, dada a natureza da polissemia da determinação, com a clareza de que qualquer decisão implica tanto em responsabilização do sindicato quanto da UFG. Todavia, a Reitoria ainda não quer manifestar entendimento oficial ao ponto em questão e propõe aguardamos qualquer manifestação oficial, pois somente após a reunião da Andifes, a ser realizada no dia 19 de agosto, é que se chegará ao consenso. Neste sentido afirmou que não foi encaminhada nenhuma decisão (por exemplo, quanto à freqüência e aspectos técnicos) às diretorias de unidades, pois ainda não tem clareza suficiente se a informação seria de forma genérica ou por unidade de lotação. Júlio Prates considerou ainda que, caso seja solicitada posição da UFG quanto à freqüência, a resposta será a decisão do sindicato. O Vice-Reitor volta a propor que aguardemos a discussão que será feita pela Andifes para concluirmos o assunto.
Em relação ao documento solicitado pelo Comando Local de Greve, quanto à pauta interna de reivindicações, informou que o mesmo está definido, mas o documento comunicando oficialmente está em fase de elaboração e justifica a demora pela grande carga de trabalho existente na Reitoria. Contudo, nada adiantou de seu conteúdo.
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