segunda-feira, 20 de junho de 2011

Comando de greve: instrumento de organização e luta. Participe!

Por Gibran Jordão* 

No último dia 08 de junho, reunidos em assembleia no Centro de Cultura e Eventos da UFG, centenas de servidores técnico-administrativos decidiram por unanimidade pela greve. A falta de uma proposta real do governo Dilma para o reajuste salarial do funcionalismo público neste ano foi o que motivou tal decisão. Os alimentos e a gasolina aumentaram de preço, o salário dos deputados e senadores também aumentou... Mas, nada de reajuste salarial para os trabalhadores que carregam a máquina do Estado nas costas!
 
Tendo sido votada a greve no período da manhã, pela tarde já estava instalado o comando local de greve, formado por dezenas de companheiros que têm muito tempo de casa, como também pelos novos companheiros recém-concursados que já entenderam a importância de lutar coletivamente em defesa da categoria.
 
Reunindo praticamente todos os dias, divididos e organizados em comissões de finanças, comunicação e mobilização, o comando local de greve desenvolveu atividades como: contato para entrevistas com a imprensa da cidade, entrega de panfletos, propaganda visual com faixas e cartazes, mobilização com visitas a unidades da UFG como o Departamento de Material e Patrimônio (DMP), a Reitoria, a Biblioteca Central, várias faculdades, além de uma grande e importante caravana a Brasília. Também, é o comando local de greve dos técnico-administrativos que decide nesse momento o que funciona e o que não funciona na UFG. Isso é a prova concreta do quanto o servidor é importante e fundamental.
 
Estamos, nos primeiros 15 dias de greve, apenas começando. Muitas tarefas importantes e “pesadas” estão nas mãos dos companheiros que compõem o comando local de greve. O pique e a energia não podem cair e mais companheiros precisam se integrar ao comando, pois o segredo da vitória dessa greve será estarmos mobilizados na base da categoria em cada local de trabalho. Tudo parado para exigir do governo Dilma que seja aberta uma mesa de negociações, em que o servidor seja valorizado com uma politica salarial séria e que possamos discutir e avançar nos problemas de nossa carreira e de nossa aposentadoria.
 
São 45 universidades em greve e cada uma tem o seu comando local com representantes eleitos democraticamente em assembleia para participar também do comando nacional de greve, que igualmente vem dando um duro cotidiano para que possamos sair com uma vitória.
 
Nesse momento, com as ações dos comandos locais e nacional, além da mobilização de toda categoria na UFG e no país inteiro, conseguimos dar alguns passos importantes como uma reunião com o MEC e uma promessa do Ministério do Planejamento em apresentar uma proposta no dia cinco de julho para o conjunto do funcionalismo público. Não é hora de soltarmos foguetes, sabemos muito bem que o governo sempre foi duro nas negociações com os servidores: agora a ordem é mobilização 100%.
 
Por último, queremos destacar a formação dos comandos locais de greve nos campus do interior. Em Catalão, Goiás e Jataí os companheiros montaram um comando local e estão num pique de mobilização muito forte, mostrando muita disposição de luta da categoria não só na capital, como também no interior. Parabéns companheiros e continuem com toda essa energia!
 
O comando de greve é um exemplo de organização dos trabalhadores, todo servidor pode participar com direito a voz e voto e quanto mais companheiros presentes nas reuniões do comando, mais forte ficará a nossa greve e a vitória será certa! Portanto, servidor da UFG, venha para o comando de greve!  Ligue na sede do sindicato e procure saber o dia e a hora da próxima reunião do comando.


*Gibran Jordão é servidor do Hospital das Clínicas e membro do comando local de greve da UFG.

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