terça-feira, 30 de agosto de 2011

Informes e considerações sobre a assembleia de 29/08/2011

Este texto tem a intenção de apresentar um rápido informe da assembléia dos técnicos-administrativos da UFG, realizada neste dia 29, das 9:00 às 12:00, no auditório da Faculdade de Direito, no Campus Universitário. Também visa tecer algumas considerações acerca de fatos internos, que a princípio deveriam ser debatidos apenas entre nós, mas que, por falta de oportunidade resultante dos limites das formalidades inerentes às instâncias deliberativas, não foram ou não são feitos. Portanto, reflete opiniões e percepções de um sindicalizado não militante de nenhum partido político e nem grupo sectário (que sequer existe), mas apenas da base.
Mais uma vez, a contragosto da direção do SINT-IFESGO, que insiste em criar manobras e apresentar argumentos (não sei o quanto falaciosos apenas), a categoria manteve a greve. E manteve a despeito das ameaças que insistem em surgir, partindo daqueles que deveriam buscar unir a categoria na luta, buscar de fato seus interesses e não os interesses dos partidos nos quais militam (e, quem sabe, até mesmo em interesse próprio). Neste palco, algumas atitudes mostraram-se desestimulantes, em especial para aqueles colegas cujo posicionamento político (digo, não-partidário) é menos claro.
Foram eleitos três delegados que representarão o CLG no CNG no próximo período: Fátima (Sint-ifesgo), Gibran (HC) e Dayse (FCHS). Este grupo levará um encaminhamento ao CNG, aprovado nesta mesma assembléia, cobrando posicionamentos mais ágeis desse Comando.
Foi ainda aprovado um calendário de atividades, incluindo-se um dia de doação de sangue.
É impressionante o rumo que as coisas tomam quando a luta se acirra. A assembleia de hoje foi exemplar quanto a isto, levando-nos a algumas reflexões acerca do movimento que hoje completa mais de 80 dias. Foram dias cansativos, mesclados de esperança e sofrimento, solidariedade e, há quem diga, rachas. Com isto, vamos lá com o segundo objetivo deste texto:
a)      Desde final de julho circulava uma informação, em tom oficial, sobre o prazo limite de 31 de agosto para inclusão de um possível reajuste na LOA para 2012. Esta “informação” foi tão enfatizada que já ganhava ares de verdade última e absoluta. Foi preciso que alguns membros da base buscassem maior esclarecimento sobre o assunto, consultando inclusive deputados e pessoas de outras bases sindicais. Os esclarecimentos mostraram aquilo que já se previa: a informação era uma meia-verdade, pois ainda havia um período de tramitação de mais 45 dias para alterações no Legislativo (sabendo que devem vir do Executivo, que apenas precisa querer). Rapidamente, o discurso foi reformado, mas ainda mantendo o tom apocalíptico: “o mundo não acabará no ano 2000, mas sim no ano de 2012!”. O mais “interessante” disto tudo é entender o porquê de tal discurso ter sido “sustentado” por tanto tempo, justamente por aqueles que têm atribuição de defender-nos e estão oficialmente à disposição da representação dos trabalhadores da categoria! Justamente por aqueles que têm “know-how” de anos (consecutivos?) de movimento sindical e com uma assessoria jurídica à sua disposição, paga com dinheiro dos sindicalizados! Justamente por aqueles que deveriam buscar esclarecer à categoria e não confundi-la!
b)      Há devaneios da direção sindical e de alguns dos seus escudeiros, no sentido de identificar um racha interno, apontando-se um grupo da base enquanto culpados pelo insucesso do movimento paredista. Finge não saber que, de fato, o culpado do insucesso é o governo, que não cumpre com sua parte e permanece intransigente, dizendo que “não negocia com a categoria em greve”, mesmo depois de liminar do STJ não ter considerado o movimento ilegal e, portanto, legítimo. Sendo legítimo, era de se esperar que apresentasse proposta às reivindicações diversas, várias das quais saldadas do último acordo de greve, não cumprido pelo Governo Lula e nem pela sua sucessora. Ora, se existe um racha, este é feito entre a direção do sindicato (que se blinda como representante do CLG) e a base, essencialmente ignorada. Esta direção (e seus escudeiros fiéis), visando desqualificar os discursos, posições e ações da base, utiliza-se do discurso de que há um grupo radical. Estranhamente, mas não inesperado, esquece que a direção deve representar a base e não querer impor seus discursos falaciosos ou dar ordens e determinações à base. Outra tática é que a “mesa” gasta muito mais tempo sufocando o direito de fala e resposta de alguns (que não lhes são convenientes) que permitindo seus posicionamentos e esclarecimentos. Com isto ainda buscar tornar antipáticos àqueles que insistem em requerer seu direito de ser ouvido ou que tenham outro entendimento.
c)      Sendo insuficiente a tática de criar um “mito do racha interno”, agora tenta também desqualificar o Comando Nacional de Greve. Mas, fez isto especialmente hoje, pois o IG de 25 de agosto trazia clara orientação à base para que mantivesse o movimento e que a “informação” do dia-limite (31 de agosto) era “menos inflexível” do que o “informado” por tanto tempo. Assim, era clara e explícita a tentativa de por fim à greve e subentendida a idéia de permanência do “dia final”. Para isto, além da omissão de ler o IG em questão, distribuído na entrada, mas, com grandes chances de ser lido pela maioria somente após a assembleia, mantinha-se os encaminhamentos díspares aos do CNG. Além disto, passou a sustentar a ideia de que o CNG anda “perdido” e que, portanto, não consegue orientar a base, ignorando o fato de que o último IG era do último dia 25, portanto, do final da semana passada. Como se não bastasse, foi criada uma cortina de fumaça, para ganhar tempo e vencer alguns pelo cansaço, sobre o envio ou não de “orientação” para que o CNG encaminhe com maior agilidade orientações à base.
d)     Diante das considerações antepostas, pergunto: 1) o que leva a direção a insistir na “imposição” de posições à base, ao invés de identificar suas posições, acatá-las e catalisá-las? É a base incapaz de discernir e decidir entre o que lhe é razoável ou não? A direção tem a função de representar ou de “ditar” posicionamentos e ações da base?
Com isto, espero contribuir ao debate e fazer com que pensemos nos rumos que queremos. Mas não apenas pensando no agora. Com olhos no futuro e sabendo que “a barriga ronca não é apenas uma vez!”.

22 comentários:

  1. Parabéns pelo texto, se 10% da categoria se dedicasse como você, nós poderíamos pelo menos dizer que não utilizamos da greve pra poder ficar coçando. Na minha opinião a direção do sindicato não está sendo... digamos... incoerente. Ela nunca acreditou na greve e sempre apostou no diálogo com o governo, posição com a qual eu concordo, principalmente vendo a falta de mobilização da categoria. É verdade que a direção do sindicato sempre deu encaminhamento à greve, mas na minha avaliação poderia ter sido feito muito mais, mas como esperar que um grupo que a alguns meses estava fazendo campanha pro governo se empenhe com todas as forças para atingi-lo? Eles fizeram apenas o suficiente para não perder legitimidade dentro da categoria.

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  2. Na minha opinião, uma vez que a direção do sindicato não acreditava que a greve era o instrumento que deveria ser usado, ela tinha que declarar isso abertamente e dizer que ela só estava disposta a cumprir com a obrigação dela, mas se alguém quisesse realmente enfrentar o governo e se empenhar em um luta efetiva não poderia contar com o sindicato.

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  3. O que é repulsivo é a direção defender o governo e atacar a categoria, distorcer a realidade e dizer que o governo queria negociar e a categoria se recusou.

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  4. Fernando,
    A direção do sindicato várias vezes se expressou no sentido de não usarmos a "última" ferramenta de luta para exigirmos uma negociação efetiva com o Governo.

    Entrar em estado de greve é de fato a última coisa que foi feita para manifestar os interesses dos TA's no "não-diálogo" com o governo. Acontece que houve aquele episódio onde o CNG sugeriu a suspensão da greve no dia 14/07, o que causou revolta generalizada na base dos TA's. Essa situação demonstrou que o CNG e os delegados não estavam em sintonia com as suas bases.

    A partir daí, toda e qualquer votação para a suspensão da greve passou a ser repudiada pela Base. De qualquer forma, acredito no processo democrático que pode nos levar a negociações de fato.

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  5. Não entendi a parte do "Entrar em estado de greve é de fato a última coisa que foi feita para manifestar os interesses dos TA's no "não-diálogo" com o governo". Você considera que o TA's não queriam o diálogo?

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  6. ouvi boatos de que o governo vai apresentar proposta na semana que vem, alguém sabe de onde surgiu o boato? procede?

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  7. CCCCHHHHUUUUPPPPPAAAAAA sint-ifes go nesse vídeo http://www.youtube.com/watch?v=N7oTMfxIzbE&feature=feedu os deputados afirmam categoricamente que o dia 31/08 não é limite para a definição do nosso aumento. Há a possibilidade de eles estarem enganados, mas eu ouvi com esses ouvidos que a terra há de comer que a partir do dia 31/08 nossa luta não seria mais uma questão salarial e sim uma questão política. Quem afirmou isso pode ter feito uma afirmação gravíssima, capaz de desestabilizar o movimento, sem ter segurança no que estava falando, quero ver a pessoa ter peito de dizer que estava errada e que foi negligente de afirmar com tanta certeza que quem acreditava que havia vida após 31/08 não estava preocupada com a categoria e queria apenas criar cenário para as eleições de 2012. Podem se desmintir, dizer que eu estou inventando, negar três vezes o que estão falando, mas quem estava na assembleia e prestou atenção no discurso chegará a mesma conclusão do que eu, o sintifes não deixou passar nenhuma oportunidade de acabar com a greve. Eu concordo que a greve deveria nem ter começado, a diferença é que eu assumo isso, o sintifes fala que sempre lutou pela greve mas na verdade nunca concordou com ela e não se empenho em fazer com que ela tivesse sucesso, ele fez o mínimo esforço necessário para que não perdesse legitimidade.

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  8. Seria tão legal se, pelo menos meia dúzia das pessoas que dizem que não estão cumprindo a jornada de trabalho para poder lutar contra uma desigual relação de poder entre patrão e empregado, se dedicassem a movimentar esse blog. "a Fernando você tem que levar em consideração que nem todo mundo tem capacidade de comentar em um blog". Concordo que pode ter alguns servidores que nem sabe o que é um blog, mas eu tô pedindo só pra meia dúzia. "ah Fernando nem todo mundo sabe da existência do blog". Quase 100 dias de greve e o cara não se deu ao trabalho de procurar um meio pra debater ou acompanhar o movimento. Por isso eu subo bem alto pra gritar que essa categoria quer tirar proveito da greve. Vieram me perguntar se eu não tenho vergonha de ir para o trabalho, o mundo é muito fudido mesmo, uma pessoa que se limita a participar de uma ou outra reunião do comando pra ficar deliberando o que deve funcionar ou não e nem vai a todos os atos políticos vem me perguntar se eu não tenho vergonha de ir para o trabalho, mesmo estando eu me dedicando a acompanhar e debater a greve como poucos. É graças a pessoas como essas que a indústria de alcool funciona, a pessoa é incapaz de ser coerente.

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  9. Vou criar uma outra conta com um outro nome pra poder ficar postando comentários aqui e diminuir a minha vergonha de ver que não aparece uma viva alma nessa bosta de blog

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  10. Fernando, achei "engraçada, para nao dizer trágica" a ideia de criar outra identidade e termos mais um participante no blog. De fato, as pessoas estão muito afogadas no seu corre-corre e mergulhadas em um mundo de informações que nao conseguem escolher. Por isto, se perdem no vendaval. Desacreditam também na coletividade, pois é cada um por si e Deus por todos. Participar de qualquer forma de movimento de resistência é difícil e poucos estão dispostos a fazer. Há coisas mais divertidas.
    abs

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  11. Então na próxima greve, ao invés de perguntar quem está disposto a paralisar, vamos perguntar quem está disposto a se mobilizar, e deixar bem claro o que é mobilização, e só entraremos de greve se a maioria declarar que está disposta a lutar, ou então continuaremos denegrindo a imagem da categoria e prejudicando a universidade pública só para que as pessoas possam ficar em casa coçando e fingindo que estão lutando por um mundo melhor.

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  12. "O governo federal enviou nesta sexta-feira (2) ao Congresso Nacional o pedido de aumento de salários do Judiciário que ampliaria em R$ 7,7 bilhões as despesas no Orçamento Federal de 2012.

    A despesa não consta do texto original do orçamento entregue na última quarta (31) pelo Executivo ao Congresso. O que o governo fez nesta sexta foi repassar ao Congresso o pedido feito pelo Judiciário, para que os parlamentares decidam se o gasto será incluído no orçamento do ano que vem. Fonte: G1"

    isso põe um ponto final na questão se pode ou não haver aumento de salários após o dia 31.

    Agora quero ver quem é que se responsabiliza por ter disseminado o boato que o dia 31 era limite para a nossa luta.

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  13. Ivonaldo,

    sua explicação para a falta de mobilização é muito bonita, mas eu sinceramente acredito que as pessoas que deixam de cumprir a jornada de trabalho e não se dão se quer o trabalho de ir aos atos políticos ou movimentar este blog são aproveitadores sem vergonha.

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  14. Este texto é uma tentativa de analisar o movimento de greve no serviço público, principalmente no que se refere à estratégia de paralisação das atividades. Eu sou servidor público, sou a favor da mobilização dos servidores para defender a instituição na qual trabalham, porém sou contra a estratégia de paralisação das atividades como forma de pressionar o governo a atender as reivindicações dos servidores.

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  15. Minhas reflexões são fruto não só das experiências que eu tive e ainda estou tendo com a greve dos servidores das universidades federais em todo Brasil, elas também são fruto de uma reflexão muito mais ampla a respeito do significado do que é ser servidor público, principalmente quando se trata de setores ligados à educação.

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  16. Conheço pessoas sérias, de boa índole e de ótima formação que acreditam que a paralisação é um instrumento legítimo de luta, eu respeito a opinião dessas pessoas, porém eu pessoalmente não consigo ver as vantagens dessa estratégia, muito pelo contrário, paralisar as atividades me parece a pior alternativa dos servidores para lutar pela sua carreira ou pela sua instituição.

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  17. O primeiro motivo que me faz acreditar que a paralisação é a pior postura possível para o servidor público é o fato que muitos servidores utilizam da paralisação para poder cuidar de assuntos particulares. Viajar, estudar, se dedicar à sua própria empresa ou simplesmente cultivar o ócio é o objetivo de um grande número de pessoas que entram em greve. Isso é no mínimo repulsivo, pois, além de contribuir para fortalecer o estereótipo de que servidor público não gosta de trabalhar essas pessoas praticam o que em minha opinião é a atitude mais mesquinha do ser humano, prejudicar o próximo para poder obter uma vantagem pessoal, postura semelhante à de políticos corruptos.

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  18. Em segundo lugar, o fato de paralisar as atividades gera uma série de conflitos que acabam consumindo a energia que deveria estar sendo utilizada para conquistar as nossas reivindicações. O comando de greve passa horas deliberando o que deve funcionar ou não, isso não contribui em nada para pressionar o governo, nem para sensibilizar a sociedade, é simplesmente um trabalho exaustivo que não tem efeito prático nenhum. Além disso, ao paralisar as atividades você prejudica uma série de pessoas que ao invés de apoiar a luta passarão a te ver como um inimigo, eu mesmo acredito ter feito uma grande inimiga nessa greve quando fui cumprir a determinação da assembléia de fechar o portão de um órgão da universidade

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  19. O terceiro motivo é a dificuldade de discutir os problemas da categoria uma vez que as pessoas não podem mais ser encontradas em um determinado lugar específico. Convocar uma assembléia, ou um ato político passa a demandar um esforço de divulgação que seria desnecessário caso as pessoas estivessem no seu lugar de trabalho. Até a troca de informações simples fica prejudicada, pois as pessoas simplesmente param de se encontrar.

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  20. O quarto ponto, que inclusive eu considero um dos mais importantes, é o significado que há na estratégia de prejudicar ao máximo a sua própria instituição para poder conquistar aumento salarial, aprimoramento da carreira ou até mesmo defender a instituição contra um desmantelamento. Se alguém conseguir defender a idéia de que a melhor alternativa para defender a sua instituição é prejudicá-la ao máximo eu vou realmente ficar impressionado. A universidade pública não é uma empresa privada que vai fazer uso da exploração da sua força de trabalho para poder gerar lucro para determinado indivíduo, o servidor público não é igual a um funcionário de uma empresa privada, a relação de trabalho simplesmente não é a mesma, ser servidor de uma universidade pública é um compromisso social, nós temos a responsabilidade de fazer isso dar certo, o que não quer dizer que nós não podemos protestar contra o governo, pelo contrário, nós temos o dever de alertar a sociedade quando nós percebemos que há um grupo tentando fragilizar a nossa instituição, mas isso não tem nada a ver com adotar estratégias que possuem o objetivo de prejudicar a universidade. Não estou propondo que fiquemos omissos, o que estou dizendo é que não é coerente atacar uma instituição para que ela possa ser aprimorada. Imagino que se tem alguém que possui interesse em destruir a universidade pública esse alguém deve adorar quando nós paralisamos a universidade.

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  21. Embora haja mais uma série de motivos que apontam para o fato de que a paralisação é a pior estratégia que pode ser utilizada pelos servidores públicos, eu não vou continuar listando-os, pois não é a minha intenção exaurir os argumentos, além do que o texto ficaria ainda mais cansativo. Então agora eu faço um apelo a todos os servidores públicos que estão em greve ou que pensarem algum dia em entrar em greve, não utilizem a estratégia de paralisação das atividades, isso é um tiro pela culatra, mobilizem-se, façam atos políticos, produzam material publicitário, pressionem os representantes, os assessores dos representantes, façam o maior barulho possível para denunciar os ataques que a sua instituição está sofrendo, mas, por favor, não contribuam para prejudicar uma instituição pública, isso não é justo.

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  22. Sou jovem, tenho só 23 anos, assumo que posso estar totalmente equivocado nas minhas análises, mas até o momento eu não vi argumentos que mostrem a coerência que há na estratégia de paralisação, se alguém puder defender essa estratégia eu vou fazer um esforço tremendo para entender, mas até o momento ela me parece absurda sob qualquer ponto de vista.

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